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domingo, 28 de dezembro de 2014

Última EBA do ano de 2014


Belo Horizonte, 21 de dezembro.
Num dia ensolarado para fechar com “chave de ouro” a Escola Bike Anjo BH.

Passei na casa da Bete e seguimos em direção a Praça do Ciclista. Ao chegar ao local apareceram outros bike anjos como o Carlos, Augusto, Rogério, Leelo, Lucas e Adeana. A Bete se deu ao luxo de ter muitos bike anjos ao seu dispor e por isso pedalou como uma profissional. Aprendeu a fazer curvas para direita e para esquerda. Ela ficou muito satisfeita com seu próprio resultado. Estávamos já desmontando nossa tenda para irmos embora quando dois alunos chegaram. E também se deram super bem. O Cristiano já saiu da EBA pedalando. A chuva deu o ar de sua graça e nos refrescou, já que o calor estava inclemente.
Por hoje é só meus amigos!


E um ano de 2015 repleto de sonhos...

domingo, 21 de dezembro de 2014

Uma mulher de fibra

Força de vontade de alguém que quer aprender, não tem preço. Nossa aluna da EBA (Escola Bike Anjo), a Márcia Sica queria muito aprender a pedalar. Como somos poucos instrutores e sabendo da dificuldade de cada um, ela se propôs a ir lá em casa para receber uns ensinamentos. Neste domingo, dia 07 de dezembro, na parte da tarde, ela apareceu lá em casa e eu fiz o acompanhamento na própria rua onde moro. Tive que segurar a bike para ela relembrar suas idas à EBA. Saiu-se muito bem. Tanto que fomos até a ciclovia da Andradas para ter mais liberdade ao pedalar. Tenho duas bikes e emprestei uma a ela. Márcia pedalou direitinho por toda ciclovia. Fui ao seu lado dando todas as dicas possíveis.

Na terça-feira, dia 09 de dezembro, apareceu lá em casa, novamente, só que depois das 20 horas. E ficamos pedalando na rua onde moro até às 21h30min. Determinação desta guerreira mulher. Que vontade de aprender! Que força! E tanto no domingo como na terça, dei uma de cavalheiro: a levei ao ponto de ônibus do MOVE na Av. Cristiano Machado e esperei ela retornar para sua casa em segurança.  Como é gostoso e divertido este trabalho voluntário!


domingo, 7 de dezembro de 2014



A EBA (Escola Bike Anjo) do dia 30 de novembro foi molhada demais, mas com muita alegria. Cheguei ensopado da chuva que tomei e fiquei debaixo do teto de um posto de gasolina esperando a chuva passar. Eu não imaginava que alguém apareceria. Mas eis que Carlos, Jéssica, Tiago e Vítor chegaram depois que a chuva deu uma trégua. E por incrível que pareça, três alunas chegaram para aprenderem a pedalar mesmo debaixo de chuva cujas gostas d’água já não incomodavam a ninguém. Assim sendo, ensinamos às guerreiras-alunas algo como andar sobre duas rodas. 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014




Domingo, 23 de novembro, o Pedal dos Rôia tomou conta das ruas e ciclovias. Mesmo com o tempo ameaçando uma chuva resolvemos pedalar por aí. Eu, Carlos Edward, José Marcos, Vânia Figueiredo, Paula e Juliano passamos pela ciclovia da Praça do Ciclista até a Savassi. Retornamos pela Avenida Getúlio Vargas e entramos na ciclovia novamente. A Paula e a Vânia aprenderam a pedalar a pouco tempo e se saíram muito bem. Depois, fomos até a ciclovia da Avenida Andradas e voltamos. O percurso deu 11 Km. Nada mal para uns “rôias”, hein? Foi bom demais. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014



A EBA (Escola Bike Anjo) fechou com chave de ouro a participação no Parque Ecológico da Pampulha. Agora, meus nobres amigos, só em 2015. Leelo, Lucas, Júlio, Augusto, Vitor, Gustavo, Juliane, Valter, Graziela, obrigado a todos vocês pelo empenho neste fantástico dia da criança, 12 de outubro de 2014. Foi uma tarde bem animada. 

sábado, 6 de setembro de 2014

“ESCREVER É QUASE UMA CURA”




O novo trabalho de Hugo Lima revela um poeta antenado com as novidades do mundo atual. Seu primeiro livro “Nus, Florais & Ping-Pong” (Crivo Editorial, 2014), o cotidiano é visto e revisto pelo olhar deste jovem poeta que se arrisca no ato de escrever. “Escrever é um risco” e escrever é traduzir o trânsito que perpassa pelas linhas, pelas letras. Como um dândi pela metrópole, o poeta passeia entre o passado (ao se referir às cartas) e o presente (ao se referir ao “whatsApp”). “Escrever é quase uma cura” na agitação louca desta metrópole. No poema “Rio Casca, 200” o autor lança seu olhar sobre o passado e o presente ao relatar o fim de uma residência que dá lugar a um prédio. Sintomas de nossa vida moderna e cotidiana. A inquietude no poema “Nenhuma Resposta” que o diga: as dúvidas sobre a solidão e o cotidiano ainda não serão respondidas. Mas dúvidas são questões que precisam ser aliviadas. “Escrever alivia o estômago”. Como escrever alimenta a alma. “Nus, Florais & Ping-Pong” fincou suas raízes na cidade.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O FRIO E A ESCURIDÃO

Perdido num mundo sombrio. Um mundo que só existe em minha mente. E neste mundo, o frio é a sensação que me atormenta. Vejo o sol e ele está longe no horizonte. Ele não se aproxima. O gelo toma conta das planícies até chegar a mim. Primeiro penetra a minha pele e depois atinge meus ossos. Não sinto vontade de sair de onde me encontro. Fico a espera do sol mais uma vez. Só mais uma vez. À espera do seu brilho e do seu calor. Apenas ele pode me trazer de volta à vida. Não suporto o frio. Não suporto a escuridão que o frio provoca. Um véu negro a cobrir meus pensamentos e meu corpo. Nestes meses sombrios, as nuvens tampam o azul do céu. Meus pés doem. E se contorcem em câimbras. Estou imóvel. Gelado. De dentro de meu casulo de lã observo os dias passarem. Um leve sopro no coração alimenta a minha esperança. A esperança de dias melhores. O vento norte sorri pra mim com seu hálito de gelo. Os momentos que passo em sua companhia são tristes e medonhos. Mas o alívio que sinto é que o verão pode chegar a qualquer momento. E que o sol suba de novo às alturas e lance seus raios de luz e energia sobre mim. Como uma planta que necessita urgentemente de seu calor. O sol se foi, porém ele voltará. Ele sempre volta. E eu espero ansioso por ele...  

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Bike Anjo - mais uma vez no Parque Ecológico



A EBA (Escola Bike Anjo) realizada no Parque Ecológico da Pampulha, no dia 17 de agosto de 2014, foi um sucesso total! Apesar do tempo nublado e com ameaça de chuva, sete intrépidos(as) Bike Anjos compareceram ao evento e atenderam a vinte alunos. O parque recebeu de braços abertos os Bike Anjos e todas as pessoas e os ciclistas – que puderam entrar com suas bikes. Agora, o próximo evento será em 12 de outubro, no dia das crianças.


Prêmio ao projeto BIKE ANJO


Eu, Enne Maia e Carlos Edward participamos da premiação organizada pela IBA – Instituto dos Arquitetos do Brasil, onde o grupo “Bike Anjo BH” foi agraciado no prêmio Cidadania (obrigado pela chefe da Enne por ter nos indicado). No momento dos agradecimentos, falamos ao microfone e dedicamos o troféu ao nosso colega Vinícius Mundim:
“Este é pra você, Mundim!”

Bike Anjo no Parque Ecológico




Continuando nossa programação de atendimentos foi realizada a Oficina Bike Anjo BH no Parque Ecológico da Pampulha no dia 08 de junho de 2014. Numa bela tarde de domingo, oito bike anjos saíram do bairro Floresta em direção à Pampulha. Passando pelos bairros Ipiranga, São Francisco até chegarem ao Parque Ecológico já com muitos visitantes e ciclistas. Outros bike anjos já estavam no Parque ansiosos para os atendimentos. E todas as pessoas atendidas ficaram satisfeitas com o projeto e saíram animadas do Parque em mais um dia de alegria. 


de Bike para o Trabalho




No dia 09 de maio de 2014, fizemos a campanha DE BIKE PARA O TRABALHO. Estendemos uma tenda e servimos café da manhã na ciclovia da Avenida Bernardo Monteiro esquina com Avenida Afonso Pena. Foi um sucesso.

Um atendimento pra lá de especial




Dia 04/maio/14, fiz um atendimento a Dona Otília Maria Miranda Afonso, 72 anos, na Praça do Ciclista. A primeira vez foi na EBA de março. E hoje, ela já veio com sua bicicleta nova (uma Caloi dobrável cor vermelha). E nesta “segunda aula”, eu e ela sozinhos na Praça, fiquei numa dúvida tremenda:

 “Será que vou conseguir?”

“Será que ela vai dar conta?” – pensei.
 
Então, pedalando nas subidas e fazendo o exercício dos “pezinhos” na descida, fomos neste movimento repetitivo. Por incrível que pareça, depois de uma hora e meia, ela pedalou feito uma criança. Eu fiquei surpreso. Até o momento, foi a pessoa mais idosa que já atendi. Superei meu próprio desafio.


EBA de março


No dia 29 de março de 2014 foi realizada mais um EBA (Escola Bike Anjo). Nem mesmo as nuvens negras que pairavam sobre Belo Horizonte foram capazes de desanimar os intrépidos integrantes deste fantástico grupo. E até mesmo as alunas e os alunos se animaram a sair de casa em busca de um sonho: o de aprender a pedalar. Foi uma tarde maravilhosa como tantas outras que tivemos. Vida longa ao Bike Anjo!

sábado, 31 de maio de 2014

A vida do homem (solteiro) moderno


Domingo:
Faço várias coisas ao mesmo tempo:

Ligo a máquina de lavar roupas e ela começa sua rotina habitual. Enquanto esquento a água no fogão para o arroz, ao mesmo tempo em que duas panelas cozinham o chuchu e as cenouras. Ligo o rádio para escutar os comentaristas de futebol se preparando para a rodada de domingo. Ligo o computador e a internet e deixo a página de e-mail ao alcance. Ao mesmo tempo pego a vassoura e a pá de lixo para dar uma varrida na casa (como tem poeira!). Ao mesmo tempo em que a primeira lavada de roupas está pronta. E preparo a segunda. Lanço arroz na panela e começo a misturar. Ao mesmo tempo em que escuto os comentaristas do rádio escalando os times de futebol. Jogo água na panela de arroz e volto para a vassoura e a pá de lixo. Ao mesmo tempo dou uma espiadinha na tela do micro e respondo um e-mail. Nesta minha incontida mania de responder e-mails (prazer ou sofrimento?). O arroz está pronto. Preparo a panela para a carne. Ao mesmo tempo, tomo uma dose de licor de jabuticaba. Pimentão, cebola e carne dentro da panela. Escuto os comentaristas do rádio analisando as chaves de grupos da Copa do Mundo. Ao mesmo tempo em que volto meus olhos ao micro. Leio alguns e-mails. Repondo todos.  O chuchu e as cenouras já cozidos. Passo a vassoura na sala e recolho a poeira. Termino de lavar as roupas. Coloca-as no varal. Começa a chover. A carne está pronta. Estou com fome. Mais uma dose de licor de jabuticaba goela abaixo. Então é isso: casa varrida, roupa lavada, comida pronta, rádio ligado... preparo para desligar o micro... 

E ao mesmo tempo, escrevo este texto...

domingo, 6 de abril de 2014

O Lar

Tenho o meu lar. Tenho a minha casa. Nem acredito que tenho meu próprio quarto. Agora posso acreditar: estou dentro dele. Este pequeno espaço cercado de quatro paredes. Isso dá uma sensação de segurança diante do mundo hostil. Como uma pérola dentro de uma ostra, no leito de corais e sem nenhuma perspectiva de ser descoberta. Tenho meu próprio quarto. Não canso de repetir isso pra mim mesmo. O abrigo que me protege do frio e do calor. Um lugar de descanso e conforto após as intempéries da vida.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

SÓ RESTA SONHAR


Ele escuta na rádio “You Do Something To Me” de Cole Porter e só lhe resta sonhar: ...então nós seríamos um feliz casal na Paris dos anos 20. Ela estaria com um vestido azul de alças finas, usaria um colar de pérolas, o cabelo de franjinha – curto e negro. Eu usaria um smoking ou um suéter. Faria um drink para ela, como só ela gostaria de beber. Ela me chamaria para dançar um twist e depois uma música romântica com os rostos colados. Ficaríamos a contemplar o luar da sacada de um hotel, as pessoas andando nas ruas por entre os automóveis: os Peugeot´s, as Maserati´s... Contemplaríamos o Café du Dôme lotado de escritores, artistas e prostitutas. Passearíamos pelas alamedas de Paris como o casal mais feliz do mundo. Viveríamos um tempo de paz. No inverno ela usaria uma bota branca um vestido longo e um chapéu de abas largas. Ela levaria um café bem quentinho para mim, na cama, ao acordar. Ligaria a vitrola e escutaríamos belas músicas. Ficaríamos abraçados nas noites frias a esperar pelo dia seguinte. Ela me aqueceria e me beijaria com seus lábios sabor de cereja. Andaríamos de bicicleta no outono pelas margens do rio Sena. As folhas caindo e forrando o chão sob nossas rodas. Um artista faria seu retrato em uma tela. Ela agradeceria e ficaria feliz com o presente. Almoçaríamos no restaurante da Torre Eiffel e vislumbraríamos a “Cidade Luz”. Brincaríamos na neve quando o inverno chegar. Na primavera rolaríamos na grama de jardins proibidos. No verão iríamos para o litoral e eu não odiaria mais o sol a aquecer nossos corpos. Quando viessem as chuvas correríamos para rua como duas crianças a procura de aventuras. Devoraríamos livros e mais livros no tempo de sobra que tivermos. Viajaríamos de trem, conheceríamos todas as cidades interioranas, vislumbraríamos as belas paisagens francesas. VIVERÍAMOS UMA ÉPOCA FELIZ.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Oficina Bike Anjo BH de 2014






Ano novo, vida nova. E nesta balada realizamos a primeira EBA do ano de 2014. O sol estava a todo vapor e o calor intenso, mesmo debaixo das sombras das árvores da Praça do Ciclista. No dia 26 de janeiro, a 18ª oficina Bike Anjo BH foi um tremendo sucesso. Antes da oficina, promovemos o CUBA (o Curso de Bike Anjo) que tem por finalidade ensinar aos ciclistas experientes algumas noções de “como ensinar uma pessoa a pedalar”. Foi um convívio agradável com pessoas maravilhosas. Foi mais do que uma aula, foi uma troca de experiências tanto de quem estava ensinando como de quem estava aprendendo. Todas as pessoas que apareceram para aprender a pedalar foram atendidas. E inclusive, nos demos ao luxo de poder repetir a dose com quem ainda ficou por lá. Obrigado a todos que participaram do CUBA. Obrigado pela paciência e espero que tenham gostado desta arte. Obrigado a todos que de uma forma outra participaram e ajudaram a EBA ser este sucesso.

Até a próxima!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Única saída


Começou a chover. É sempre assim. Ele nunca está satisfeito com nada. A maior parte da vida foi passada na ociosidade das horas. Poderia viver melhor sem a família. Morar sozinho é um desafio só encarado pelos corajosos. Covardes, passam a vida inteira morando debaixo do teto dos pais. Está chovendo? Ele indaga.  Não. Tá “chuvispingando”. A vida é assim: casa, trabalho, escola, casa, trabalho, escola, casa... num movimento circular. Sair de casa para o trabalho é desanimador. Sair do trabalho é confortador. Encarar a escola é bom e mau. “A vida que leva não é vida”. Mas que lorota ele acabara de pensar. Todas as palavras acima: só besteira. A chuva agora é um verdadeiro toró. Chuvas, como esta, limpam a cidade e as ruas ficam puras. A água limpa tudo e... Ah, o escoadouro. Ele sente como se estivesse na enxurrada, misturando-se com a água e as sujeiras que ela empurra. E a única saída é a sarjeta.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

QUESTÃO DE GOSTO


Ele nunca gostou de ler. Principalmente livros que não tinham gravuras. As palavras que os livros continham eram apenas... palavras. Não havia magia, nem imaginação. As gravuras é que davam subsídio à sua imaginação. E quanto mais gravuras, melhor. Livros sem gravuras, ele não lia. Era uma pena, mas naquela época existiam poucos livros com gravuras. Quando tirava alguma nota vermelha na escola (no boletim escolar), chegava em casa e era obrigado a mostrar para sua mãe. O castigo era ler um livro. De pé. Qualquer um. Ficar o dia inteiro com o livro aberto em suas mãos e proibido de ver TV – que era o que mais gostava de fazer. A mãe era rigorosa, mas nem tanto, pois apenas via ele com o livro nas mãos e achava que estava lendo. Mas ele lia pouco. Conseguia ler a primeira página e depois folheava para ver se estava longe a primeira gravura do livro. Às vezes não havia gravura. Em outros era preciso ler dez páginas para se encontrar o primeiro desenho. Era um sacrifício. E quando o encontrava viajava naquilo e tentava entrar dentro da história. Ao virar a outra página, começava tudo de novo. Ele não tinha paciência. Lia uma página, saltava duas. Louco e ansioso para se chegar à próxima gravura. A leitura não acelerava e – ele não compreendia nada. As palavras, as frases, as poucas gravuras da história não animavam sua imaginação. Ele desejava que cada livro tivesse pelo menos uma gravura a cada duas páginas. Quase como uma revista em quadrinhos. “Por que as escolas não adotavam os gibis para leitura?” Pensava. Seria a glória. De gibis ele entendia muito bem. À medida que envelhecia, as gravuras já não eram tão importantes. Já conseguia ler livros sem este subsidio para sua imaginação. Qualquer livro que tomava nas mãos, imagens eram formadas em sua mente como num filme. Não soltava mais as páginas. Lia-as uma a uma. “Incidente em Antares”, de Érico Veríssimo fora um exemplo de como conseguira se livrar deste infortúnio. O escritor gaúcho era um mestre em “prender” um leitor. Aliás, ainda o é. “Seria muito interessante – pensava ele – se lêssemos vários livros de vários escritores e de todas as nacionalidades, para sentirmos a visão de mundo de cada um. Mas são tantos livros, tantos escritores e tenho tão pouco tempo...”

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

RUAS


De voltas às ruas: Dizem que a história deste prédio é a seguinte: O prédio era um luxuoso hotel na década de 30 e que perdera o status com o aparecimento dos arranha-céus. O proprietário perdera hóspedes ao longo dos anos, inevitavelmente indo à falência. Tivera que vendê-lo. Imaginara que o comprador fosse demoli-lo. Para sua felicidade, não. Reformara-o. Conservara-o E na década de 50 tornou-se o principal paraíso da cidade. E na década de 90 não é mais. Tudo mudou. Tudo se transformou...

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

LIVROS


No quarto há vários livros. A maioria: poesias e romances. São autores estrangeiros e brasileiros. Seu gosto pela leitura começara aos dezoito anos de idade, época que amou profundamente a poesia. Os versos de Fagundes Varella e Álvares de Azevedo ainda estão em sua mente guardados com carinho. Os romances de Graciliano Ramos definitivamente selaram o pacto de leitura entre ele e as obras. “Vidas  Secas” e “São Bernardo” são os melhores livros que já leu. Ele também lera muitos livros emprestados pela biblioteca pública e já emprestara muitos de seus livros. Principalmente para seus poucos amigos. Entretanto, há livros que ele nem ousa falar que possui, com medo de emprestar e de não ser devolvido ou de negar o pedido de um amigo. Os livros são: “O Som e a Fúria”, de William Faulkner, “Boêmios Errantes”, de John Steinbeck, “O Fio da Navalha”, de Somerset Maugham, “Suave é a Noite”, de Scott Fitzgerald e “O Sol Também se Levanta”, de Ernest Hemingway. Estes livros ficam guardados dentro de um armário de metal, encarcerados por uma única chave.Secas” e “São Bernardo” são os melhores livros que já leu. Ele também lera muitos livros emprestados pela biblioteca pública e já empestou muitos livros também. Principalmente para seus poucos amigos. Entretanto, há livros que ele nem ousa falar que possui, com medo de emprestar e de não ser devolvido ou de recusar o pedido de um amigo. Os livros são: “O Som e a Fúria”, de William Faulkner, “Boêmios Errantes”, de John Steinbeck, “O Fio da Navalha”, de Somerset Maugham, “Suave é a Noite”, de Scott Fitzgerald e “O Sol Também se Levanta”, de Ernest Hemingway. Estes livros ficam guardados dentro de um armário de metal, encarcerados por uma única chave. Secas” e “São Bernardo” são os melhores livros que já leu. Ele também lera muitos livros emprestados pela biblioteca pública e já emprestara muitos de seus livros. Principalmente para seus poucos amigos. Entretanto, há livros que ele nem ousa falar que possui, com medo de emprestar e de não ser devolvido ou de negar o pedido de um amigo. Os livros são: “O Som e a Fúria”, de William Faulkner, “Boêmios Errantes”, de John Steinbeck, “O Fio da Navalha”, de Somerset Maugham, “Suave é a Noite”, de Scott Fitzgerald e “O Sol Também se Levanta”, de Ernest Hemingway. Estes livros ficam guardados dentro de um armário de metal, encarcerados por uma única chave.Secas” e “São Bernardo” são os melhores livros que já leu. Ele também lera muitos livros emprestados pela biblioteca pública e já emprestara muitos de seus livros. Principalmente para seus poucos amigos. Entretanto, há livros que ele nem ousa falar que possui, com medo de emprestar e de não ser devolvido ou de negar o pedido de um amigo. Os livros são: “O Som e a Fúria”, de William Faulkner, “Boêmios Errantes”, de John Steinbeck, “O Fio da Navalha”, de Somerset Maugham, “Suave é a Noite”, de Scott Fitzgerald e “O Sol Também se Levanta”, de Ernest Hemingway. Estes livros ficam guardados dentro de um armário de metal, encarcerados por uma única chave.Secas” e “São Bernardo” são os melhores livros que já leu. Ele também lera muitos livros emprestados pela biblioteca pública e já emprestara muitos de seus livros. Principalmente para seus poucos amigos. Entretanto, há livros que ele nem ousa falar que possui, com medo de emprestar e de não ser devolvido ou de negar o pedido de um amigo. Os livros são: “O Som e a Fúria”, de William Faulkner, “Boêmios Errantes”, de John Steinbeck, “O Fio da Navalha”, de Somerset Maugham, “Suave é a Noite”, de Scott Fitzgerald e “O Sol Também se Levanta”, de Ernest Hemingway. Estes livros ficam guardados dentro de um armário de metal, encarcerados por uma única chave. Secas” e “São Bernardo” são os melhores livros que já leu. Ele também lera muitos livros emprestados pela biblioteca pública e já emprestara muitos de seus livros. Principalmente para seus poucos amigos. Entretanto, há livros que ele nem ousa falar que possui, com medo de emprestar e de não ser devolvido ou de negar o pedido de um amigo. Os livros são: “O Som e a Fúria”, de William Faulkner, “Boêmios Errantes”, de John Steinbeck, “O Fio da Navalha”, de Somerset Maugham, “Suave é a Noite”, de Scott Fitzgerald e “O Sol Também se Levanta”, de Ernest Hemingway. Estes livros ficam guardados dentro de um armário de metal, encarcerados por uma única chave.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Desejo


Tempestades em alto-mar: o verão inicia e ele tem que voltar às aulas. Apesar de ter repetido o ano tudo é novidade. E finalmente, as temperaturas amenas. Mira-se no espelho: os óculos estão tortos, os olhos em desalinho, barba por fazer. Está ficando careca. A última noite não sonhou. Os sonhos são essenciais para sua existência – sem eles até os pesadelos são bem-vindos. O mundo não passa de uma vontade – só dele: um desejo.