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domingo, 22 de setembro de 2019

OITAVO SARAU DE POESIAS NO HMAL





No dia 26 de Abril de 2019 realizamos o Oitavo Sarau de Poesias no Hospital ao sabor de Simone Teodoro, Bruno Brum, Fernando Antônio Fonseca entre outros.






SÉTIMO SARAU DE POESIAS NO HMAL




No dia 29 de Março de 2019 realizamos o Sétimo Sarau de Poesias no Hospital Maria Amélia Lins. Os autores contemplados foram Múcio de Lima, Renato Negrão, Hugo Lima, Mário Alex Rosa e Ana Elisa Ribeiro.




terça-feira, 30 de julho de 2019

Resquícios

Revirando meu baú de ossos encontrei este pseudo-poema em meio a teias de aranha e com forte odor de mofo...
Papel com letras datilografadas da minha antiga máquina de escrever Remington...do século passado...

E pra mim, continua atual...



quinta-feira, 20 de junho de 2019

Sexto Sarau de Poesias no HMAL




No dia 27 de Fevereiro de 2019 realizamos o Sexto Sarau de Poesias no Hospital Maria Amélia Lins. Em uma hora recitamos o melhor da poesia contemporânea publicada em Minas Gerais. Uma vez por mês apresento livros que adquiro em saraus e lançamentos literários na cidade. E a poesia conquistando cada vez mais, leitores e admiradores.




domingo, 26 de maio de 2019

IMPERFEITA DESARMONIA




da série: LIVROS!

“o colapso
é um lapso
de memória
é um erro
de trajetória”

A perfeita harmonia destes versos não retratam o livro IMPERFEITA DESARMONIA de Fernando Antônio Fonseca (Editora Scortecci, 2016). Talvez o autor quisesse apenas ser irônico. O que no final das contas deu certo.

Os versos de Alberto Caeiro que abrem o livro, “o Universo não é ideia minha. A minha ideia do universo é que é uma ideia minha”, revelam como a escrita de Fernando Antônio lança luz sobre os temas de sua poesia. As ideias de espaços, de corpos, de partículas se fundem aos mistérios da vida.

Em artigo do professor Anelito de Oliveira na revista OROBÓ (1997), o “rompimento em direção à vida, esse mundo sujo, imperfeito, desarmônico, por isto mesmo superbelo, diante do qual todo purismo já nasce sem sentido”.  Nada mais imperfeito que o tempo nestas perfeitas estrofes de “Tempo” (p.31):

“nem tudo é o que parece:
vultos na neblina
carruagens me resgatam
na fumaça inodora...”

Sobretudo quando o poeta trata de temas mórbidos como no poema “Banquete de vermes” (p.45), evocando Augusto dos Anjos numa imperfeita desarmonia.


domingo, 3 de fevereiro de 2019

Quinto Sarau de Poesias no HMAL



No dia 25 de Janeiro de 2019 realizamos o Quinto Sarau de Poesias no Hospital Maria Amélia Lins. Eram 14 horas. E nos primeiros minutos do evento fomos atordoados com a notícia do rompimento da barragem em Brumadinho. Continuamos com a leitura das poesias uma vez que a literatura, quem sabe, console corações despedaçados...

E a poesia abaixo me fez pensar na tragédia: do livro VIA FÉRREA (Cosac Naify, 2013) do professor Mario Alex Rosa...

CASA
Nunca houve tanto espaço aberto à cicatriz,
silêncio calafetando os intervalos de alegria.
Nubladas de nada e sem hora para as tardes,
as noites se acumulam nos dias, oxidando
para sempre o roteiro trilhado pelas pegadas.
Nunca houve uma casa tão aberta a vazantes
e vazios de um corpo que quase não se agita.

Uma ilha é o que sobrou do que já não sou.




sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Gilka Machado




“Ser mulher, e oh! atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual uma águia inerte, presa
nos pesados grilhões dos preceitos sociais!”

A carioca Gilka Machado (1893-1980) foi uma poeta além do seu tempo. Numa época onde reinava o Simbolismo e a poucos anos de eclodir a Semana de Arte Moderna em 1922, ela se apresentava ao mundo moralista e puritano da época com o lançamento de três livros: CRISTAIS PARTIDOS (1915), ESTADOS DA ALMA (1917) e MULHER NUA (1922). Eu digo “além do seu tempo”, pois a sociedade a considerava uma mulher libertina por causa de seus versos. Em artigo do escritor Miguel Sanches Neto no jornal RASCUNHO de Curitiba, no texto de Gilka:

Estão assim delimitadas as fronteiras desta poesia castamente ousada, em que o erotismo está mais no uso sensorial das palavras do que na referência a comportamentos devassos”.

Todavia, como mulher e como poeta, Gilka não foi compreendida em seu tempo. Mais uma que teve a sua inspiração (e transpiração) suprimidas por uma sociedade moralista e machista que:

“... passou a figurar como uma perdida que escancarava seus hábitos feios. Esta compreensão lúbrica de seus poemas despertava mais interesse pela mulher do que pela poeta, o que a frustrava”.

Então e igualmente a outras poetas de sua época como Francisca Júlia da Silva e Auta de Souza, mulheres extraordinárias. Mulheres suprimidas...


 Ser mulher, vir à luz trazendo a alma talhada
para os gozos da vida: a liberdade e o amor,
tentar da glória a etérea e altívola escalada,
na eterna aspiração de um sonho superior…”