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quarta-feira, 30 de março de 2011

A PARTIDA


Produção japonesa que narra a história de um violoncelista desempregado que retorna à cidade natal junto com sua esposa para tenta arrumar um novo emprego e ajeitar a vida. Após ler um anúncio no jornal decide comparecer para entrevista. O que ele não sabia é que o cargo é de agente funerário. Ou mais precisamente, preparar os mortos para sua viagem. Trata-se de um ritual de limpeza e purificação. O violoncelista fica na dúvida em aceitar o emprego e também como contaria a novidade para a esposa. Um dilema. Ele aceita o emprego e aos poucos vai se acostumando. Segundo Lair Mattar, mestre em educação pela UFMG “a solidariedade dos agentes funerários é também traduzida no modo como lidam com os corpos inertes. O trabalho feito com respeito e cuidado para deixar o corpo estendido com dignidade e os traços do rosto suavizados são bem proporcionados aos familiares, nessa hora de dor”. Por que filmes japoneses como estes são tão premiados? Este foi o vencedor de Oscar de melhor filme estrangeiro. Penso que a fotografia ajuda um pouco. Os japoneses são mestres na fotografia. Que o diga Akira Kurosawa. Outro detalhe é a cultura japonesa: muito inédita aos nossos olhos ocidentais. Por isso os filmes iranianos, israelenses e do oriente médio em geral faturarem vários prêmios. São dotados de histórias, culturas, eventos inéditos aos nossos olhos de consumistas de plantão. Ineditismo. Este é o grande lance do cinema atual. • Ano de Produção: 2008 • Áudio Original: Japonês • Elenco: Masahiro Motoki, Ryoko Hirosue, Tsutomu Yamazaki, Masahiro Motoki, Kimiko Yo • Direção: Yojiro Takita

terça-feira, 1 de março de 2011

Ursos Polares - Sombras sobre o gelo

No documentário da National Geografic que leva este título os ursos vagueiam sobre a imensidão gelada e branca, fazendo com que eu me encolha mais na poltrona. Nem na hora da propaganda dá vontade de sair do aconchego. Ursos polares são nômades, não têm territórios fixos. Eu fico vendo aquela neve branca, aquele gelo, aquela desolação total de tudo, das coisas.

A mãe urso e seus dois filhotes passeiam entre a nevasca que os atingem. Um dos filhotes está doente e não se agüentando mais, acaba morrendo. São também como nós, seres humanos, sobrevivendo neste mundo através da “lei do mais forte”.

Só os fortes sobreviverão... Diz o narrador.

Diante de tamanha perspectiva de vida sinto-me consolado em viver neste lugar. Em face de tantos outros lugares desolados pelas guerras, pela incompreensão, pela discriminação, pelo racismo e tantas outras mazelas.