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domingo, 18 de outubro de 2015

14º Pedal dos Rôias









Saibam quantos este relato virem que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e quinze, aos dezoito dias do mês de outubro, declaro, em minhas reais faculdades mentais, que aconteceu o “Pedal dos Rôias” sem nenhuma ocorrência grave e no mais alto grau de felicidade.

Com a presença ilustre de Paulo e esposa, Felipe Ávila, esposa e filho, a bike “anja” Lais, Altair, Walter e Lúcia, o encontro realizou-se na Praça do Ciclista às 09 horas e com saída às 09h30min.  O trajeto foi pela ciclovia até a Savassi, onde o grupo seguiu pela Avenida Getúlio Vargas entrando à direita na Rua Fernandes Tourinho. Passando pela ciclovia até a Rua Levindo Lopes. Entrando na Rua Antônio de Albuquerque até a Rua Alagoas. E de lá até a Avenida Brasil com retorno à Praça do Ciclista.

Em todo percurso, o grupo foi brindado pelo som do Altair, cujas músicas de Odair José, Paulo Sérgio, etc., relembraram os saudosos anos 50/60. De “roia” mesmo, só a aluna Lúcia que recentemente comprou uma bike dobrável e este foi seu primeiro passeio no “Pedal dos Rôias”. O desenvolvimento dela foi muito satisfatório. E a premio com uma nota “10” o seu desempenho.


Quem vos fala é Javert, declaro e dou fé!   

domingo, 20 de setembro de 2015

Pedal dos Rôias - agosto



Mais um Pedal dos Rôia de sucesso. Uma turma legal e animada pedalou na ciclovia rumo à Savassi, neste domingo, dia 23 de agosto de 2015, debaixo de sol mesmo estando no inverno. A Letícia e a Queila pela primeira vez encararam a aventura e se saíram muito bem. Pedalamos da Praça do Ciclista até a rua Fernandes Tourinho para experimentar “coxinha vegana”, mas a fila estava muito grande e resolvemos voltar. Então passamos na sorveteria São Domingos para saborear aquelas delícias geladas. E depois, retornamos para a Praça do Ciclista.

Valeu, Leelo, Lucas, Tiago, Liliane, Moacir, Elis pelo apoio na condução deste pedal.


Um abraço a todos!

domingo, 23 de agosto de 2015




Traços num fundo branco... Tinta preta sobre o papel... As obras do artista plástico Leonilson em exposição no CCBB (Praça da Liberdade) são como lembranças. Assim se define numa das salas como “Os trabalhos são como diários”, onde traços finos, pessoas minúsculas, bordados, colagens, compõe os “grandes campos brancos para bordar”.

Numa das salas intitulada “Os 1991”, fixaram com pregos (diretamente nas paredes) alguns trabalhos, principalmente as lonas. Curioso. A acrílica sobre lona “Os rios por meu fluído entrego meu coração” de 1992 (um ano após a descoberta da doença que o vitimou em 1993) revela a sensibilidade diante do inevitável, com o acréscimo de cores fortes e vibrantes. 


Sua última obra – que não viu ser finalizada – é uma instalação na capela do Morumbi. Na exposição foram mantidas as mesmas proporções. E na sala onde está parece algo espacial, algo de enquadramento e que me lembrou o estilo visual do cineasta Stanley Kubrick chamado de “One-Point Perspective”. Enfim, um belo trabalho do Leonilson. 


domingo, 2 de agosto de 2015

TETSUO: O HOMEM DE FERRO



Há dor na transformação. Há dor na mutação. O filme TETSUO: O HOMEM DE FERRO (1989) do diretor Shinya Tsukamoto retrata a dor e o sofrimento de um personagem que se transforma/metamorfoseia num ser literalmente de ferro. Isto me fez lembrar do livro “A Metamorfose” de Franz Kafka, onde um homem acorda e se vê transformado num inseto. É a transformação, a ruptura, a mudança dos paradigmas da realidade. E esta ruptura se percebe na trilha sonora: ruídos, barulhos, sons exagerados durante os 67 minutos do filme. A película apresenta poucos diálogos, como se nesta “transformação” não há muito que dizer e sim, mostrar. Filmado em preto e branco, TETSUO: O HOMEM DE FERRO se dilacera em meio às ferragens que consomem o seu corpo.

Na animação AKIRA (1988) de Katsuhiro Otomo há um personagem (coincidentemente) de nome “Tetsuo” em que se transforma numa coisa/máquina após as experiências que ele sofreu nas mãos dos militares.

E também, no filme A MOSCA (1986), de David Cronenberg, cujo personagem se transforma numa mosca após as experiências de tele transporte.

Transformar-se numa nova “coisa” é subverter a realidade. É fugir ao padrão de que o ser é constituído. É como uma regra: se você quer se transformar, haverá dor, haverá sofrimento.



domingo, 19 de julho de 2015

Instinto Fatal


E eu venho com aquela velha pergunta: Instinto Fatal (1988) de George Romero é um filme de terror? Podemos considerar que sim. O terror de sentir aquela macaquinha dominando um homem preso a uma cadeira de rodas. O que seria sentir impotente diante de um animalzinho com uma navalha em suas patinhas? Ou com uma seringa cheia de veneno? É um terror psicológico que George Romero nos apresenta.

Mas é um filme de terror ou um filme de “terrir”? Haja vista a platéia que lotou a sala de cinema foi ao delírio em risadas frenéticas quando a macaquinha foi morta pelo personagem principal. E quando o animalzinho brota das costas do personagem na mesa de operações – e nada mais era do que um pesadelo. E mesmo assim, gargalhadas ecoaram.

George Romero dirigiu os filmes “A Noite dos Mortos Vivos”, “Despertar dos Mortos” e “Dia dos Mortos”. É sua saga e seu território: os Zumbis. Como nas décadas de 70 e 80 não havia muitos truques de computação (e que, aliás, nem havia computador), imagino que os diretores de filmes de terror tinham que se virar para realizar tal façanha. Realizar filmes de terror em “filmes de terror” e não deixá-los se transformarem em filmes de “terrir”.  Mas acho que depende da platéia e da época.


Considero este o melhor filme de George Romero: “A Metade Negra”. O enredo: o personagem de um livro toma vida e aterroriza a família e os amigos do escritor que o criou. Filme assustador. Vale a pena conferir!

sábado, 11 de julho de 2015


FOME DE VIVER de 1983 dirigido por Tony Scott é mais um “drama” do que um filme de terror. O jogo de luz e sombra no local onde os “possíveis” vampiros moram retratam a morbidez destes seres que vivem isolados do mundo dos humanos. Como nos filmes de Drácula: aquela penumbra, aquela solidão... A película estrelada por Catherine Deneuve, David Bowie e Susan Sarandon quase formam um triângulo amoroso. A atriz francesa Catherine Deneuve – no esplendor de sua beleza – retrata com seu olhar vago a solidão disfarçada em alegria de “viver pra sempre”. O roqueiro inglês David Bowie – elogiado em outros filmes como “Furyo” – com a sobriedade de um lorde representa o “marido” eterno de sua Musa. As pombas esvoaçando no local onde repousam os amados da personagem de Catherine representam a paz. Mas não uma “paz” que reina após um conflito. E sim, a paz de deixar esta “pseudo-vida”: a de um “morto vivo”. Tony Scott dirigiu filmes como “Top Gun”, “Um tira da pesada”, “Dias de trovão”, “Maré Vermelha e “Déja Vu”. Até pelo estilo de filmes que costuma dirigir, FOME DE VIVER foge dos padrões de Tony Scott.

 Enfim, uma grata surpresa para este “quase” cinéfilo que escreve estas poucas palavras...

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Tudo começa num ponto


O ponto remete ao traço.
O traço remete à forma.
A forma merece a cor.
Esta foi a impressão que eu tive ao ver a exposição “Tudo começa num ponto” no CCBB, do pintor russo Wassily Kandinsky (1866/1944) e de seus conterrâneos. É uma infinidade de obras de arte de encher os olhos. É de uma beleza ímpar o estilo desta escola russa. Cores, traços, forma, numa mistura hipnótica.
Ver uma obra de arte na TV ou numa revista não tem a tamanha intensidade de vê-la ao vivo. Uma obra de arte diante de seus olhos é estarrecedor. E perceber como realmente são suas cores é uma experiência incrível. Foi o que presenciei, também, nas obras da pintora alemã Gabriele Münter (1877/1962) – ela foi aluna de Wassily Kandinsky.
Suas cores vivas soltam aos nossos olhos. É de uma vivacidade que encanta qualquer espectador. Certamente, seguiu a lição do Mestre.


terça-feira, 28 de abril de 2015

CAMINHADA NA TRILHA VERDE DA MARIA FUMAÇA


Entre os dias 18 e 21 de abril deste ano participei de uma caminhada ecológica na Trilha Verde da Maria Fumaça, passando por Bandeirinhas, Barão do Guaicuhi, Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador e Monjolos. Eu havia feito este trajeto no ano de 2013 e mais uma vez, pude presenciar as belas cachoeiras e riachos ao longo da trilha. E o que é melhor: na companhia de pessoas maravilhosas. Valeu demais, galera!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Reclamações de um velho eremita



Viver é uma chatice. É acordar, respirar e ir por aí. De onde viemos? Para onde vamos? Se eu não sei para onde vou eu deveria ter ficado no passado. Parado no tempo, estacionado na longínqua década de 70 ou de 80 do século passado. Tempo, se não foi dos melhores, era o melhor do que os tempos de agora. Eu ficaria congelado no tempo sem a ideia mínima do que poderia acontecer no futuro. Preso como um instante numa fotografia. No tempo do agora eu me sinto deslocado, como se não fosse feito aos moldes da era moderna. São apenas reclamações de um velho eremita que está – não diria cansado, e sim, enfarado deste velho mundo. Não é novidade para os mortais a insatisfação de alguns seres com o mundo em que vivem. Fomos criados para sentir alegria, amor e... melancolia. Para onde vamos? Será que para a próxima esquina, no cruzamento entre vias? Se Deus existe, uma súplica: “Senhor Deus, me livre deste tempo inglório, onde as esperanças de noites melhores repousam no mar da tranquilidade! Retorne meu ser ao passado, aos momentos de paz! A tranquilidade estava lá, lá naquele tempo jamais esquecido!”


Era lá que eu deveria ter ficado.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Sarau no "Godofredo"


Fui convidado pelo meu amigo, o poeta Jovino Machado a participar de um sarau poético no bar Godofredo que fica lá no bairro Santa Tereza. Foi na quarta-feira, dia 04 de março. Nem fui pedalar neste dia. Sabe por que deste nome “Godofredo”? É Godofredo Guedes, pai do cantor Beto Guedes. O reduto parece-me ser da família do “Clube da Esquina”. As paredes são enfeitadas com fotos de artistas, de LP’s, e desenhos que remetem ao pessoal do Clube: Milton Nascimento, Beto Guedes, Flávio Venturini e etc. Na verdade, era o aniversário da Patrícia Maês – esposa do Lô Borges – que convidou a galera da área literária para o sarau.  O Lô Borges estava lá. E outras personalidades do Clube da Esquina como Márcio Borges (letrista do Milton Nascimento) e Murilo Antunes (letrista do Flávio Venturini). Teve a presença ilustre, também, do artista plástico Fernando Pacheco. E a “palhinha” musical ficou por conta de Gabriel Guedes (filho do Beto Guedes) e do Rodrigo Borges (sobrinho do Lô Borges). A apresentadora do programa Agenda da TV Minas, a Daniella Zupo, também esteve lá. E foi uma bela noite de música e poesia.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Pedal do Chaves & Pedal dos Rôia



Em pleno domingo de carnaval, o Pedal do Chaves & Pedal dos Rôia se encontraram pela primeira vez. Neste 15 de fevereiro de 2015, com sol forte e calor intenso, os integrantes destas turminhas animadas se reuniram na Praça do Ciclista para mais um pedal nesta cidade. Seguimos em direção à Praça Floriano Peixoto para encontrarmos com o “Bloco da Dobrável”, mas eles já haviam partido. Ou o encontro seria às 14 horas?

Bom, depois do imprevisto, nosso colega Leelo organizou uma brincadeira com as crianças e nós divertimos bastante. Retornamos à Praça do Ciclista e deu por encerrado o Pedal do Chaves. Alguns pais, mães e crianças foram embora e demos continuidade ao passeio com o Pedal dos Rôia. De “rôia” mesmo só havia a Yasmin (09 anos) que foi com sua bicicletinha dobrável – a única que aprendeu a pedalar com os Bike Anjos. Seguimos pela ciclovia e fomos até a Savassi. Depois seguimos a Cristóvão Colombo em direção à Praça da Liberdade. Descemos pela Avenida Brasil de volta à Praça do Ciclista. E por lá, já havia um bloco carnavalesco se aquecendo para mais um dia de farra e alegria.

Foi um belo passeio de domingo e com diversões infindas.

Nossa mais nova integrante do grupo dos Bike Anjos, Elis Regina Martins, nos apresenta com esta bela foto.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Um domingo feliz



No dia 1º de fevereiro de 2015, eu e Aldeana fomos ensinar a algumas alunas a arte de pedalar. Encontramos-nos na Avenida Andradas em frente ao Shopping Boulevard às 09 horas da manhã. Num belo e ensolarado domingo, Maria Helena foi a primeira a ser atendida. Foi sua terceira aula e ela já está dominando a bike. Em alguns trechos já solto minha mão e ela vai sozinha curtindo o vento no rosto. Com mais algumas aulas, ela estará craque. Depois atendemos Sabrine e Flavia. Sabrine foi sua primeira aula. Nunca havia sentado no selim de uma bike. Ela achou incrível este trabalho dos Bike Anjos e está bastante animada em aprender. A Flavia esteve em nossa última EBA, mas não foi atendida por causa da chuva. Ela se desenvolveu muito bem apesar de ser sua primeira vez também. 

Não fomos autorizados por elas a publicar as fotos no Facebook. E por isso só tem o registro meu e de Aldeana. Mas nosso nobre colega Andrei passou por lá com seus filhos e é nossa testemunha. Outra que passou por lá e que estava treinando umas pedaladas foi dona Otilia: nossa sábia aluna com sua dobrável vermelha, enchendo de orgulho nossas aprendizes Maria Helena, Sabrine e Flavia.

Que domingo feliz!

domingo, 1 de fevereiro de 2015


Nossa EBA (Escola Bike Anjo) do dia 25 de janeiro foi a primeira do ano de 2015. E para variar, com muitos alunos para serem atendidos.

Tivemos uma presença ilustre, a canadense Samantha, de passagem por Belo Horizonte, que se apresentou para a CUBA (Curso de Bike Anjo). Ela sentiu um enorme interesse em ajudar no que for preciso.  E nosso colega André que se interessou pelo projeto e também participou da CUBA.


Tudo ia correndo bem até às 16 horas quando começou a chover. E choveu muito. A ponto de pararmos com nossas atividades e procurarmos abrigo onde estiver. Nisso, muitos alunos foram embora. Alguns de nós, bike anjos, ficamos esperando a chuva passar. Até o último aluno desistir e ir embora. E lá pelas 17h15, ainda chovendo fomos embora também. Bom, pelo menos, Belo Horizonte estava precisando de chuva e muita chuva para refrescar o ambiente. 
A gente se vê em fevereiro. 
Até a próxima EBA pessoal! 


sábado, 31 de janeiro de 2015

EBA: momento especial



Dia 18 de janeiro de 2015 teve um momento especial. Pela primeira vez o Parque Ecológico da Pampulha autorizou a entrada de todos os ciclistas com suas bikes. E foi o dia inteiro e não apenas uma parte do dia. Depois de muitas negociações junto aos órgãos públicos, o parque será autorizado – em definitivo – a abrir suas portas aos ciclistas. E para comemorar este feito o grupo Bike Anjo fez um piquenique que se estendeu o dia inteiro. Além de nossas obrigações (muito prazerosas!) de ensinar às pessoas a pedalar. E nos divertimos muito!

sábado, 24 de janeiro de 2015

Elegia do tédio



A tarde ecoa o som dos minutos no infindo sabor do tédio. E este tédio está em mim e eu estou nele. Incrustado. O tédio do tédio. Inserido no tédio.  No tédio do tédio sem fim. No tédio das horas. Das horas de espera. A espera Dela. Das horas, não: dos dias! A insuportável diária das horas. As horas da falta. Da falta que Ela faz.   O tédio cansa. Causa sonolência. Angústia. Nada mais importa para um ser humano senão o assassinato do tédio. Do seu completo e derradeiro fim. Como um vírus que se extirpa pelo pensamento. E assim sendo, acompanhando os ponteiros do relógio, na vasta imensidão dos segundos, anseio para ver o rosto da amada em alguns dias...