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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A MÚSICA




“Os grandes gênios sofrem
e devem sofrer, mas eles
não têm que se queixar:
eles experimentaram uma embriaguez
desconhecida do resto dos homens”.
CHARLES GOUNOD

Imagine o mundo sem música. Imagine se os pássaros não cantassem, se o homem não descobrisse a arte de compor e de criar instrumentos musicais. O mundo não seria o mesmo. A música tem seu mistério. Entretanto, segundo o dicionário não é nada misterioso: “arte de combinar os sons de maneira agradável ao ouvido”. Até é muito simples. Através do ouvido somos influenciados pela música. Ela nos deixa tristes ou alegres. Deixa-nos excitados ou podemos simplesmente nos relaxar. Existem pessoas no mundo que se encarregam de tratar de “nossos ouvidos”. Os gênios da música clássica, por exemplo, vieram ao mundo para despertarem melodias adormecidas. Para o compositor austríaco Franz Schubert (1797-1828), o ato mais simples deste mundo era compor. A música brotava de seu ser como água jorra de uma cachoeira. Produziu mais de mil obras em apenas trinta e um anos de vida. Às vezes, a música aparece com intensidade maior como é o caso do compositor russo Petr Ilich Tchaikowsky (1840-1893). Certa vez, quando menino, ele fora surpreendido pela governanta a soluçar e chorar. Indagado sobre aquele estado, dizia que era por causa da música. A música o atormentava. Pedia para ser salvo, pois ela não o deixava descansar. A música estava em sua cabeça e clamava por sair. Será que existem pessoas que vêm ao mundo para despertarem as músicas? Acredito que sim. Como acredito que qualquer um já experimentou a sensação de ouvir uma música e imaginado consigo mesmo: “Acho que já ouvi essa música...”, ou “Essa música foi feita para mim...”, ou “Eu poderia ter escrito essa música...”. A música está em todos os lados. Em todos os cantos. Basta as pessoas nascerem para descobri-la.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

RESENHA DO DIA

PEDAL DA ALCATÉIA SEM PRESSA
Padrinho: Javert
Grau de dificuldade:
Baixo (baixíssimo) – “só para desenferrujar os ossos”.
Percurso: mais ou menos 15 Km
Ciclovia/Andradas/Contorno Getúlio Vargas/bairro de Lourdes

Domingo, dia 22 de janeiro de 2012: Maria Flávia me liga às 08h20min e eu ainda no bairro Floresta em direção a Praça Luiz Eugênio Silveira (Escadaria). É o pedal da ALCATÉIA SEM PRESSA estreando o ano de 2012. Bom, pelo menos eu. Não sei se os outros integrantes já estrearam este ano. Eu estreei também a camiseta nova. Enfim, estamos de volta! Já que eram apenas eu e Maria Flávia resolvemos mudar o percurso: nada de ir ao bairro Santa Inês. Seguimos Contorno em direção à Ciclovia. Paramos num posto de gasolina para enchermos nossos pneus. E até assim parecia estar “enferrujado”. Deixei o pneu esvaziar. Motivo: esqueci que o bico da câmara da roda traseira é curto e dificulta o encaixe da mangueira de ar. Mas nada como um frentista atencioso: ajudou-me a puxar o bico mais para fora e assim consegui encher o pneu. Os pneus da bike da Maria Flávia foram mais fáceis de encher. Seguimos pela Avenida Contorno até que a alça da minha mochila se soltou e mais uma parada técnica para consertar a alça. Chegamos na Ciclovia já pensando naquele “cajuzinho” e na primeira padaria que vimos só encontramos “paçoquinha”. Continuamos pela Ciclovia até chegarmos na Andradas. Aí eu fiquei na dúvida: seguir o proposto ou mudar o trajeto? Deixei para Maria Flávia decidir. Mas ela passou a bola pra mim. Acho que estava bastante “enferrujado” e resolvi mudar. Ao invés de seguir pela Andradas até o bairro Santa Inês, viramos à esquerda no Boulevard Shopping e caímos na Contorno novamente. Subimos a Contorno e passamos em frente a um barzinho e encontramos o danado do “cajuzinho”. Entramos na Getúlio Vargas e fomos fazer um Tour pelo Lourdes. Terminamos o pedal às 11h20min e certo de que domingo que vem tem mais.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

2012 motivos

Ano novo: vida nova. O primeiro texto do ano da graça de nosso senhor Jesus Cristo de 2012. Parece algo irreal: ter-se já passados doze anos deste novo milênio. Doze anos! Einstein dizia que a gravidade deforma o tempo e o espaço. Acho que deforma meu cérebro também. Isso me faz lembrar de quando era criança/adolescente: meu pai tinha uma garrafa de uísque de 15 anos. Eu ficava imaginando: 15 anos... A garrafa era mais velha do que eu. E esta idéia martelava minha cabeça. E hoje em dia não martela mais. Passados doze anos desde o ano 2000 já não é tão novidade e surpresa assim.
O novo milênio. E parece que nada mudou. As mesmas notícias, as mesmas tragédias, o mesmo dia a dia. Quando eu tinha 16 anos em 1983, imaginava o ano 2000 como uma vida moderna, uma vida melhor, com naves espaciais, carros voadores, uma sociedade mais civilizada. Quanta ilusão! A violência continua a mesma, as guerras continuam as mesmas. Uma vida melhor para todos no mundo... não aconteceu. Não espero mais por dias melhores.
Bom, então é isso, a vida continua e tento formular 2012 motivos. Motivos são como cartas. Mas não as antigas cartas (pretensas e filosóficas) que costumava escrever. Nem se comparam às cartas que os grandes escritores trocaram entre si durante a história da humanidade. Talvez o tempo deles fosse mais precioso e melhor aproveitado. Hoje em dia, em pleno século XXI, o tempo domina meu modo de pensar. De refletir sobre a vida. Sobre as coisas – sobre o futuro. De pensar a respeito do tempo: este inexorável momento delimitado pelo homem. O tempo marcado – o tempo registrado. E como dizia o filósofo Wittgenstein: “vivemos a formular as mesmas perguntas”. E à medida que o pensamento voa à velocidade da luz tento encontrar 2012 motivos para sorrir.