O novo trabalho de Hugo Lima revela um poeta
antenado com as novidades do mundo atual. Seu primeiro livro “Nus, Florais
& Ping-Pong” (Crivo Editorial, 2014), o cotidiano é visto e revisto pelo
olhar deste jovem poeta que se arrisca no ato de escrever. “Escrever é um
risco” e escrever é traduzir o trânsito que perpassa pelas linhas, pelas
letras. Como um dândi pela metrópole, o poeta passeia entre o passado (ao se
referir às cartas) e o presente (ao se referir ao “whatsApp”). “Escrever é
quase uma cura” na agitação louca desta metrópole. No poema “Rio Casca, 200” o autor lança seu olhar
sobre o passado e o presente ao relatar o fim de uma residência que dá lugar a
um prédio. Sintomas de nossa vida moderna e cotidiana. A inquietude no poema
“Nenhuma Resposta” que o diga: as dúvidas sobre a solidão e o cotidiano ainda
não serão respondidas. Mas dúvidas são questões que precisam ser aliviadas. “Escrever
alivia o estômago”. Como escrever alimenta a alma. “Nus, Florais &
Ping-Pong” fincou suas raízes na cidade.
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