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domingo, 19 de julho de 2015

Instinto Fatal


E eu venho com aquela velha pergunta: Instinto Fatal (1988) de George Romero é um filme de terror? Podemos considerar que sim. O terror de sentir aquela macaquinha dominando um homem preso a uma cadeira de rodas. O que seria sentir impotente diante de um animalzinho com uma navalha em suas patinhas? Ou com uma seringa cheia de veneno? É um terror psicológico que George Romero nos apresenta.

Mas é um filme de terror ou um filme de “terrir”? Haja vista a platéia que lotou a sala de cinema foi ao delírio em risadas frenéticas quando a macaquinha foi morta pelo personagem principal. E quando o animalzinho brota das costas do personagem na mesa de operações – e nada mais era do que um pesadelo. E mesmo assim, gargalhadas ecoaram.

George Romero dirigiu os filmes “A Noite dos Mortos Vivos”, “Despertar dos Mortos” e “Dia dos Mortos”. É sua saga e seu território: os Zumbis. Como nas décadas de 70 e 80 não havia muitos truques de computação (e que, aliás, nem havia computador), imagino que os diretores de filmes de terror tinham que se virar para realizar tal façanha. Realizar filmes de terror em “filmes de terror” e não deixá-los se transformarem em filmes de “terrir”.  Mas acho que depende da platéia e da época.


Considero este o melhor filme de George Romero: “A Metade Negra”. O enredo: o personagem de um livro toma vida e aterroriza a família e os amigos do escritor que o criou. Filme assustador. Vale a pena conferir!

sábado, 11 de julho de 2015


FOME DE VIVER de 1983 dirigido por Tony Scott é mais um “drama” do que um filme de terror. O jogo de luz e sombra no local onde os “possíveis” vampiros moram retratam a morbidez destes seres que vivem isolados do mundo dos humanos. Como nos filmes de Drácula: aquela penumbra, aquela solidão... A película estrelada por Catherine Deneuve, David Bowie e Susan Sarandon quase formam um triângulo amoroso. A atriz francesa Catherine Deneuve – no esplendor de sua beleza – retrata com seu olhar vago a solidão disfarçada em alegria de “viver pra sempre”. O roqueiro inglês David Bowie – elogiado em outros filmes como “Furyo” – com a sobriedade de um lorde representa o “marido” eterno de sua Musa. As pombas esvoaçando no local onde repousam os amados da personagem de Catherine representam a paz. Mas não uma “paz” que reina após um conflito. E sim, a paz de deixar esta “pseudo-vida”: a de um “morto vivo”. Tony Scott dirigiu filmes como “Top Gun”, “Um tira da pesada”, “Dias de trovão”, “Maré Vermelha e “Déja Vu”. Até pelo estilo de filmes que costuma dirigir, FOME DE VIVER foge dos padrões de Tony Scott.

 Enfim, uma grata surpresa para este “quase” cinéfilo que escreve estas poucas palavras...