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domingo, 14 de agosto de 2016

NA CADÊNCIA DO SAMBA – 2ª parte


“Ah, coração leviano
não sabe o que fez do meu”
PAULINHO DA VIOLA


Jovino é um Baco abrasileirado, amante do vinho e do cinema. Na poesia “Juízo Final”, o fim do mundo é (re)visto com humor. É o final dos tempos sob o olhar de um sambista. Enquanto “a saudade será devastada”, os “suicidas tocarão pandeiro” e celebrarão a vida. Como numa visão apocalíptica, mas com muita ironia as “nuvens destilarão vinho” e “sairá cerveja das neblinas”. É a festa de Baco.

A poesia “Antena” revela o que o poeta é e sempre será pela característica do verbo no presente: “eu sou sambista”. Aquele que articula as palavras. Brinca com elas.

O poeta é movido pela paixão de um grande amor e pela poesia. “Todo samba, no fundo, é um canto de amor” (NOCA DA PORTELA). Seus versos têm a harmonia dos componentes, da bateria, da ala das baianas. Para os amantes da poesia, a edição trata-se de um convite: “...bebadosamba, bebadosamba, bebadachama também...” (PAULINHO DA VIOLA).

Em SOBRAS COMPLETAS de 400 páginas, as palavras dançam no papel. E pela passarela desfilam: Diadorim, João Gilberto, Macunaíma, Policarpo e Dolores. O autor é um sambista que nasceu de improviso, porque Deus estava em crise e ele era o último da fila.




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