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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Pavios Curtos



“Às imagens esquecidas da memória, que clamam para ser lembradas.”

Eis que me deparei com o emblemático poema “96=69” no jornal DEZFACES e o também, na mesma linha, “Vontade de Comer” na  Revista ATO.
“96=69” são números esfinges. Decifra-me ou te devoro. Serão os anos 1969 e 1996? Talvez. É a sedução do texto enquanto forma, o texto visível – imagético. Porém não deixo de pensar na sugestiva posição “69” (será que existe a posição “96”?). Enfim, “96=69” leva a marca registrada de sua série “concretos” em PAVIOS CURTOS. Os números de cabeça para baixo ou vice-versa refletem-se a si mesmos.
Para mim, o poema imagem/espelho reflete a mesma intenção do poema das páginas 44/45 de PAVIOS. Quando se abre o livro lentamente vê-se o poema espelhado. Não deixo de citar algumas palavras da Profª. Glória Leal: “Poesia é tentativa de realização de desejos. Difusos, confusos mesmo, os sentimentos só serão entendidos pelo autor depois. Depois de dar à luz sua poesia”.

Obra: Pavios Curtos
Autor: José Aloise Bahia
(Anome Livros, 2004)


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