“Às imagens
esquecidas da memória, que clamam para ser lembradas.”
Eis que me deparei
com o emblemático poema “96=69” no jornal DEZFACES
e o também, na mesma linha, “Vontade de Comer” na Revista ATO.
“96=69” são
números esfinges. Decifra-me ou te devoro. Serão os anos 1969 e 1996? Talvez. É
a sedução do texto enquanto forma, o texto visível – imagético. Porém não deixo
de pensar na sugestiva posição “69”
(será que existe a posição “96” ?).
Enfim, “96=69” leva a marca registrada de sua série “concretos” em PAVIOS
CURTOS. Os números de cabeça para baixo
ou vice-versa refletem-se a si mesmos.
Para mim, o poema
imagem/espelho reflete a mesma intenção do poema das páginas 44/45 de PAVIOS. Quando se abre o livro
lentamente vê-se o poema espelhado. Não deixo de citar algumas palavras da
Profª. Glória Leal: “Poesia é tentativa
de realização de desejos. Difusos, confusos mesmo, os sentimentos só serão
entendidos pelo autor depois. Depois de dar à luz sua poesia”.
Obra: Pavios Curtos
Autor: José Aloise Bahia
(Anome Livros, 2004)
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