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terça-feira, 30 de novembro de 2010

CRIMES DE AUTOR


“Enfim, quem constrói a narrativa, quem coloca os óculos de escritor? O escritor protagonista, o ghost-writer, os personagens, ou quem está fora da tela? Se puder, é claro que depois de ver ‘Crimes de Autor’, responda”.
Após as interrogações feitas pelo professor Ronan Gomes em seu blog e depois de ver o citado filme, a dúvida também me acompanha. Como é característica de diretores franceses, a maestria em conduzir a trama de um filme se torna evidente. O diretor Claude Lelouch não foge à regra. CRIMES DE AUTOR (2007) têm como atores principais Dominique Pinon e Fanny Ardant. O filme mostra a relação entre três personagens, que a princípio, são misteriosos, e que nos faz duvidar de cada um de seus atos. Claude Lelouch é um dos diretores de “11 de setembro – um filme” que juntamente com outros diretores de diversas partes do mundo (Irã, Egito, Bósnia, Burkina-Fasso, Inglaterra, México, Israel, Índia, Estados Unidos e Japão) mostraram suas visões acerca do atentado ocorrido em 2001 nos Estados Unidos. No episódio de Lelouch, uma fotógrafa surda-muda não vê e nem ouve os noticiários sobre os atentados. E da janela seu apartamento as torres gêmeas são destruídas.
Em CRIMES DE AUTOR, cada personagem tem seu drama particular: uma prostituta que se passa por cabeleireira, um ghost-writer que se passa por um noivo e uma escritora famosa cujas histórias não são dela. E em meio a esta nebulosa encenação paisagens da França perfilam em nossos olhos, ora urbanas ora rurais. O espectador se encanta com tanta beleza fotográfica e esquece de analisar os fatos. O diretor Claude Lelouch aclamado mundialmente pelo clássico “Um Homem, Uma Mulher” de 1966, cujo filme muito elogiado pela sua fotografia, sabe muito bem ludibriar o espectador. Os personagens simulados vão se revelando ao final da película. E fica a pergunta: Quem engana mais o espectador? Veja o filme de Lelouch e tire suas próprias conclusões.

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