Traços num fundo branco... Tinta preta
sobre o papel... As obras do artista plástico Leonilson em exposição no CCBB
(Praça da Liberdade) são como lembranças. Assim se define numa das salas como
“Os trabalhos são como diários”, onde traços finos, pessoas minúsculas,
bordados, colagens, compõe os “grandes campos brancos para bordar”.
Numa das salas intitulada “Os 1991” , fixaram com pregos
(diretamente nas paredes) alguns trabalhos, principalmente as lonas. Curioso. A
acrílica sobre lona “Os rios por meu fluído entrego meu coração” de 1992 (um
ano após a descoberta da doença que o vitimou em 1993) revela a sensibilidade
diante do inevitável, com o acréscimo de cores fortes e vibrantes.
Sua última obra – que não viu ser
finalizada – é uma instalação na capela do Morumbi. Na exposição foram mantidas
as mesmas proporções. E na sala onde está parece algo espacial, algo de
enquadramento e que me lembrou o estilo visual
do cineasta Stanley Kubrick chamado de “One-Point Perspective”. Enfim, um belo
trabalho do Leonilson.
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