Total de visualizações de página

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Filme dos Espíritos



Cajazeiras, Paraíba, 1943: Um jagunço espreita um trabalhador por trás de um arbusto. E com seu rifle atira no indefeso.
São Paulo, SP, 2000: Um homem se embriaga com uma garrafa de uísque relembrando momentos passados com sua jovem esposa. Assim começa O Filme dos Espíritos. A trama está focada no professor Bruno (personagem central do filme) que se torna refém das bebidas após a prematura morte da esposa. Nelson Xavier interpreta Levi, um médico responsável por uma casa que ajuda deficientes com paralisia cerebral. Ele acredita que pessoas com deficiência são seres que precisam passar por uma evolução espiritual, como forma de expiação de suas vidas passadas. Levi apresenta a Bruno a doutrina espírita através dO Livro dos Espíritos de Allan Kardec, e este mantém um certo receio até ler as primeiras páginas do livro. A aproximação de Bruno com a palavra mediúnica abre seu coração para o perdão. E após ler o livro e se conscientizar da mensagem, Bruno o entrega a uma senhora que chora sobre o túmulo em um cemitério. Um livro como esperança a muitas pessoas: livro que se passa de mão em mão como redenção a almas desconsoladas no mundo terreno.
Mas nós espectadores nunca estamos satisfeitos. Senti falta de um aprofundamento na questão do aborto e na forma de expiação que os espíritos enfrentam quando quitam “dívidas passadas”. Mesmo assim, não deixa de ser um bom filme para se refletir. E ele cumpre sua meta – alerta os espectadores para a existência de dois mundos – cuja maior missão é levar a mensagem mediúnica: de fazer o bem e disseminar o amor.
E a relação entre a cena inicial em Cajazeiras, na Paraíba e a vida de Bruno só nos é revelada no final da exibição.




O Filme dos Espíritos é inspirado nO Livro dos Espíritos de Allan Kardec, cuja publicação datada de 18 de abril de 1857, contém os “princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ornados por Allan Kardec”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário