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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

FRIDA


Direção de Julie Taymor. Com Salma Hayek e Alfred Molina.
Biografia da artista plástica mexicana Frida Kahlo (1907-1954). Uma artista marcada pela dor em toda sua curta vida de 47 anos. Em 17 de setembro de 1925, ela sofrera um acidente entre um bonde e um ônibus. E em conseqüência disso, passara por várias cirurgias devido aos danos causados na coluna e nas pernas. As dores constantes a acompanharam por toda vida. E foi a partir deste acidente que Frida começou a pintar. Seus quadros retratam todo seu sofrimento. “Por isso há, ao longo de toda sua vida adulta e sua obra, uma associação psíquica entre pintura e dor”, segundo o psicanalista Carlos Perktold.
Frida foi casada com o artista plástico o mexicano Diego Rivera, já consagrado quando se conheceram. Eles tiveram uma “moderna” relação de traições e reconciliações. Diego mulherengo declarado e Frida bissexual assumida. A obra de Frida Kahlo reflete uma vida de angústias e doenças. Carlos Perktold nos diz ainda que “apesar de nunca ter pintado um auto-retrato sorrindo, amava a vida, a família inteira e, em especial, o pai, a quem sempre foi grata e tratou com generosidade”.
A diretora Julie Taymor trata com competência todos estes assuntos.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CORPO FECHADO


O amigo de meu pai, o Sr. Nelson, possui uma curiosa cicatriz em forma de “x” na parte superior de sua mão, próxima ao dedo indicador. Dependendo do lado de quem a vê é uma cruz. Um sinal sagrado. Meu pai disse que é sinal de corpo fechado. Ou seja, tem o corpo fechado para a morte. Para ser mais específico disse-me que ele sai ileso de alguns acidentes. Ele não teme a morte. Parece que nem liga para tal fato. Hoje ele está com 80 anos de idade e eu sei que passara por acidentes terríveis, principalmente em acidentes de trânsito. Com o tempo procurei manter minha mente aberta para isso.
É o que parece acontecer com David, personagem do filme CORPO FECHADO (Unbreakable, EUA, 2000). O filme é estrelado por Bruce Willis, Samuel L. Jackson e Robin Wright Penn e dirigido pela revelação na área do suspense o indiano M. Night Shyamalan. O jovem diretor – que também produziu e escreveu este drama – chamou o ator Bruce Willis para estrelar seu filme. Isso graças à parceria de sucesso que ambos alcançaram com o filme O SEXTO SENTIDO. Shyamalan consegue transformar dois “durões” (Bruce Willis e Samuel L. Jackson trabalharam juntos em DURO DE MATAR 3) em personagens – aparentemente frágeis – à procura de si mesmos em busca de uma razão para suas vidas. Elijah (Samuel L. Jackson) nascera com uma doença rara em que os ossos de seu corpo se quebram com facilidade. Ele passa boa parte de sua vida em casa, com medo de sair para rua e se machucar, tendo apenas como companhia sua mãe e os gibis de super-heróis. Quando chega à fase adulta torna-se um perito em quadrinhos. Um colecionador de gibis com profundo conhecimento sobre o assunto e um desenhista de primeira qualidade. Elijah nutre o desejo de ser um herói, pois Super-Homem, Thor, Homem-Aranha e tantos outros não são fortes (e inquebráveis)?
David (Bruce Willis) é um homem que apesar de sofrer acidentes incríveis sempre consegue sair vivo. (O que me faz lembrar do Sr. Nelson no início deste artigo). E o que é mais surpreendente: David não se machuca. “Unbreakable” que significa “inquebrável” nos faz pensar o que o diretor quer. Um homem que se quebra com facilidade e outro que é inquebrável. A ligação entre Elijah e David é curiosa e o final... surpreendente.
Se compararmos os dois filmes O SEXTO SENTIDO foi o melhor em minha opinião. Mas CORPO FECHADO tem seu ar de mistério que encanta o espectador louco para saber como será o final. Não é o que todos esperam ver de um filme de suspense? O diretor faz uma pequena ponta no filme, como fez em O SEXTO SENTIDO. Será uma marca sua na película como fazia Alfred Hitchcock? Basta lembrar que ambos trabalham o mesmo tema. Com certeza Sr. Nelson gostará muito deste filme.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ELES SÓ VÊEM O QUE QUEREM VER....


É muito prazeroso escrever sobre literatura. Mas, falar do fascinante mundo das belas artes – como o cinema – sempre é um prazer. É o encanto que todos nós temos pelos filmes.
O SEXTO SENTIDO do diretor M. Night Shyamalan, com Bruce Willis e Haley Joel Osment é uma fita que prende a nossa atenção com uma boa história. Duas horas de filme sem piscar um momento. Até o saquinho de pipocas fica de lado e esfria. O enredo é bem simples: um médico tentando ajudar um menino que é capaz de ver os espíritos das pessoas mortas tragicamente.
O destaque do filme é o jovem Haley Joel Osment, de apenas onze anos de idade que em minha opinião tem uma atuação admirável. Ele consegue passar para o espectador um personagem atormentado pelo aparecimento daquilo que os adultos ignoram. O personagem vive o medo e a incompreensão da vida. Um duplo drama: o desejo que os espíritos o deixem em paz e a tentativa convencer as pessoas do que vê.
E por que nós espectadores temos tanto medo? Uma boa música de suspense; uma bela imagem; uma ótima interpretação. Eis a resposta. Só descobri o que estava realmente acontecendo no final do filme. Um final surpreendente. São histórias que nos comovem no final como nos filmes CORAÇÃO SATÂNICO de Alan Parker estrelado por Mickey Rourke e RATOS E HOMENS de Gary Sinese, estrelado por John Malkovich – só para citar alguns.
Para aqueles que têm certa restrição ao ator Bruce Willis pode ver o filme sem receio. O policial “duro de matar” faz um papel tranqüilo e sereno. Há certos atores que começam a melhorar na atuação quando trabalham personagens como médicos ou escritores, e não os machões da violência. Bruce Willis está melhorando desde o filme O CHACAL, fazendo o papel do vilão, ao lado de Richard Gere e Sidnei Potier.
Para apreciar O SEXTO SENTIDO uma dica: assista ao filme à noite e se possível sozinho. Não tenha medo. Fantasmas não existem, certo? Ou as pessoas “só vêem o que querem ver”?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

LITERATURA FUTEBOL CLUBE

Caros Colegas,

os poetas Jovino Machado e Jane Lauxen estão promovendo e divulgando o concurso de crônicas, contos e poesias em português para fazerem parte da coletânea LITERATURA FUTEBOL CLUBE a ser publicada pela Editora Multifoco em março de 2011.

Prazo de inscrição e envio do material: até 30 de novembro de 2010.

Visitem o blog:
www.literatura-futebol-clube.blogspot.com
Para maiores informações ou dúvidas entre em contato no e-mail:
literaturafutebolclube@gmail.com
Um abraço a todos!