Total de visualizações de página

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Corpos em Marcha




da série: LIVROS!

“O pelotão em marcha
atravessa pés de mulungus
e imprime no asfalto
Uma chacina de flores”


Uma poeta que ama a fotografia e nos apresenta versos como se fossem fotos: instantes aprisionados no tempo. Sobretudo, se pensarmos o tempo como algo inesgotável. E dependendo do local parece não ter fim.

Numa bucólica fazenda onde o tempo parece repousar, os objetos transcendem numa forma poética em CORPOS EM MARCHA de Simone Andrade (Ed. Scriptum, 2015).

Capaz de extrair dos objetos matéria prima de sua poesia, tais objetos desta fazenda como o pilão, o moinho, o sino nos remetem ao movimento. São corpos em marcha, corpos em movimento – na sutileza das palavras.

Corpos em direção ao seu destino. Ora cruel, ora vital. Bois, cavalos, galinhas, porcos, peixes, seres de uma fazenda imaginária, “no ritmo das coisas da vida”. Terra, vegetação, animais – a natureza tudo pulsa ao redor da descoberta.

E na belíssima capa da artista plástica Leonora Weissmann, um escafandrista posa diante destes versos que compõe os “corpos em marcha”.




Nenhum comentário:

Postar um comentário