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sábado, 13 de fevereiro de 2016

ARTE CONTEMPORÂNEA




São como pequenos navegando no mar – num mar de granito. Numa nave espacial. Fios dispostos, entrelaçados, objetos ausentes e ao mesmo tempo, presentes. Flutuantes. Pontos que ligam figuras como neurônios ligam as luzes. Figuras insólitas caminhando a esmo...

Talvez o início deste meu texto seja confuso, mas foi assim que me senti na exposição que se encontra no Palácio das Artes intitulado “5º Prêmio Marcantonio Vilaça – CNI Sesi Senai”, cujas obras são de cinco artistas plásticos brasileiros.

Na obra “Fábula do Olhar” (2013) de Virgínia de Medeiros são apresentadas “foto pinturas”. Oito quadros de homens e mulheres bem vestidos: moradores de rua e ex-viciados em drogas, junto com seus depoimentos de vida.

As performances são pra lá de modernas – além da minha compreensão. Mas são bonitas em sua plasticidade. Como na apresentação da artista Berna Reale: uma personagem ao som de “Singin' In The Rain”, vestida de terno amarelo, usando uma máscara de gás, caminhando sob um tapete vermelho e num lixão. Só posso perceber como uma clara crítica a uma sociedade de consumo e desperdício.

É muita modernidade para meus olhos, como um performer nu sendo banhado de sangue de seus próprios colegas artistas enquanto tenta se enxugar com as páginas de um livro. “Leva o corpo ao seu limite” é o título do ato dos integrantes do Grupo EmpreZa (com o Z maiúsculo mesmo).

Enfim, não deixa de ser uma visão desta nova safra de artistas a nos presentear no Palácio das Artes.




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