FOME DE VIVER de 1983 dirigido por Tony
Scott é mais um “drama” do que um filme de terror. O jogo de luz e sombra no
local onde os “possíveis” vampiros moram retratam a morbidez destes seres que
vivem isolados do mundo dos humanos. Como nos filmes de Drácula: aquela
penumbra, aquela solidão... A película estrelada por Catherine Deneuve, David
Bowie e Susan Sarandon quase formam um triângulo amoroso. A atriz francesa
Catherine Deneuve – no esplendor de sua beleza – retrata com seu olhar vago a
solidão disfarçada em alegria de “viver pra sempre”. O roqueiro inglês David
Bowie – elogiado em outros filmes como “Furyo” – com a sobriedade de um lorde
representa o “marido” eterno de sua Musa. As pombas esvoaçando no local onde
repousam os amados da personagem de Catherine representam a paz. Mas não uma
“paz” que reina após um conflito. E sim, a paz de deixar esta “pseudo-vida”: a
de um “morto vivo”. Tony Scott dirigiu filmes como “Top Gun”, “Um tira da
pesada”, “Dias de trovão”, “Maré Vermelha e “Déja Vu”. Até pelo estilo de
filmes que costuma dirigir, FOME DE VIVER foge dos padrões de Tony Scott.
Enfim, uma grata surpresa para este
“quase” cinéfilo que escreve estas poucas palavras...
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