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sábado, 24 de janeiro de 2015

Elegia do tédio



A tarde ecoa o som dos minutos no infindo sabor do tédio. E este tédio está em mim e eu estou nele. Incrustado. O tédio do tédio. Inserido no tédio.  No tédio do tédio sem fim. No tédio das horas. Das horas de espera. A espera Dela. Das horas, não: dos dias! A insuportável diária das horas. As horas da falta. Da falta que Ela faz.   O tédio cansa. Causa sonolência. Angústia. Nada mais importa para um ser humano senão o assassinato do tédio. Do seu completo e derradeiro fim. Como um vírus que se extirpa pelo pensamento. E assim sendo, acompanhando os ponteiros do relógio, na vasta imensidão dos segundos, anseio para ver o rosto da amada em alguns dias... 

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